Monday, January 25, 2010
Tuesday, January 12, 2010
Sunday, January 10, 2010
EDGE.ORG
É sempre com muito interesse que leio os desafios anuais contidos na revista edge.org e agora reportados no PÚBLICO.
Que a internet alterou muita coisa na nossa cultura é indiscutível, mas ainda não alterou o ser humano ao nível mais básico. É antes uma ferramenta tecnológica muito poderosa que poderá ser usada para o bem ou para o mal. O tom da generalidade dos depoimentos não é tão optimista hoje como se ouviria há uns anos atrás mas julgo que o pessimismo é fruto da rapidez a que a mudança se verifica. António Dias Figueiredo disse uma vez numa conferência de tecnologias da informação que "não se pode conduzir uma mota numa estrada muito sinuosa e estar sempre a olhar para o retrovisor - dá em acidente". Parece-me uma boa metáfora.
Preocupa-me obviamente que a censura espreite a cada canto, ou que a Internet se pode revelar uma máquina com propósitos bastante nefastos. Lembro-me também do filme "Brazil" de Terry Gilliam, com o seu horroroso "Ministry of Information Retrieval", não prevendo que haja algum beneficio em tentar definir o que são conteúdos aceitáveis.
Mas deixando de lado cenários futuristas horrendos, a minha perspectiva é que o conhecimento necessita de ser estruturado para o cérebro daí retirar prazer e utilidade. Faz falta que a sociedade ensine as os miúdos e graúdos a usarem a Internet de forma saudável, para poderem saber fazer escolhas. Deveria haver algo como uma disciplina escolar chamada de "gestão da informação e pensamento crítico", que pudesse ensinar a triar informação credível, a actuar de forma social, e também a fazer uma pausa de todos os meios de comunicação, para reflectir sem interrupções externas. Os potenciais benefícios disso, com efeitos no presente, parecem-me enormes.
Gostei muito dos depoimentos de Gerd Gigerenzer, ele que dedicou muito ao estudo da informação e reflexos na tomada de decisão, do Marc Hauser pelo lado humano da interacção, do Steven Pinker pela racionalidade, e do Brian Eno pelo elogio da autenticidade, porque apesar do optimismo latente nos puxam para terra e nos recordam também do que é mais essencial da natureza humana.
Parabéns ao Público pelo artigo.
Que a internet alterou muita coisa na nossa cultura é indiscutível, mas ainda não alterou o ser humano ao nível mais básico. É antes uma ferramenta tecnológica muito poderosa que poderá ser usada para o bem ou para o mal. O tom da generalidade dos depoimentos não é tão optimista hoje como se ouviria há uns anos atrás mas julgo que o pessimismo é fruto da rapidez a que a mudança se verifica. António Dias Figueiredo disse uma vez numa conferência de tecnologias da informação que "não se pode conduzir uma mota numa estrada muito sinuosa e estar sempre a olhar para o retrovisor - dá em acidente". Parece-me uma boa metáfora.
Preocupa-me obviamente que a censura espreite a cada canto, ou que a Internet se pode revelar uma máquina com propósitos bastante nefastos. Lembro-me também do filme "Brazil" de Terry Gilliam, com o seu horroroso "Ministry of Information Retrieval", não prevendo que haja algum beneficio em tentar definir o que são conteúdos aceitáveis.
Mas deixando de lado cenários futuristas horrendos, a minha perspectiva é que o conhecimento necessita de ser estruturado para o cérebro daí retirar prazer e utilidade. Faz falta que a sociedade ensine as os miúdos e graúdos a usarem a Internet de forma saudável, para poderem saber fazer escolhas. Deveria haver algo como uma disciplina escolar chamada de "gestão da informação e pensamento crítico", que pudesse ensinar a triar informação credível, a actuar de forma social, e também a fazer uma pausa de todos os meios de comunicação, para reflectir sem interrupções externas. Os potenciais benefícios disso, com efeitos no presente, parecem-me enormes.
Gostei muito dos depoimentos de Gerd Gigerenzer, ele que dedicou muito ao estudo da informação e reflexos na tomada de decisão, do Marc Hauser pelo lado humano da interacção, do Steven Pinker pela racionalidade, e do Brian Eno pelo elogio da autenticidade, porque apesar do optimismo latente nos puxam para terra e nos recordam também do que é mais essencial da natureza humana.
Parabéns ao Público pelo artigo.
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